quinta-feira, 9 de julho de 2015

QUINTA DE POESIA



Hoje repito a imagem da última poesia de meu irmão, postada a semana passada. É porque a poesia que está aqui foi inspirada nesta imagem! Coisas de poeta!






                    TRADUÇÃO

Ninguém voltou ao sótão, depois da mudança
Ninguém mudou coisa alguma
A poeira caiu imperceptível ao correr dos anos
A luz iluminou, em direções diferentes, durante as estações
O que alma alguma presenciava:
O mudar da cor das pranchas do assoalho
Do preto da cadeira imóvel a um cinza mortiço
Ninguém se lembrou do ursinho de pano
Agora prisioneiro, em ângulo improvável, como sua própria existência,
Envolto em teias de aranha, únicas testemunhas de todos os segundos
Que se passaram no sótão, desde a mudança.
Não mais agora, com a chegada da fotógrafa a pasmar
Aquela tristeza.


Paulo Corrêa Meyer

Wayne, 2/7/2015.

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