sexta-feira, 31 de julho de 2015

WALMOR CORRÊA NO MAM



Até setembro este grande artista e meu  amigo, Walmor Corrêa mostra seu trabalho no
 Museu de Arte Moderna de São Paulo com a exposição "Metamorfoses e Heterogonia" no "Projeto Parede".
 Já mostrei AQUI e AQUI o seu trabalho.
Vou reproduzir o texto do site do MAM para explicar esta exposição fantástica pois não conseguiria fazê-lo melhor :



Para ocupar o Projeto Parede do segundo semestre de 2015, o MAM convidou o artista Walmor Corrêa que apresenta a obra Metamorfoses e Heterogonia, feita especialmente para o corredor de acesso entre o saguão de entrada e a Grande Sala do museu. Metamorfoses e Heterogonia parte de um estudo de anotações sobre a fauna e flora brasileiras encontradas em cartas escritas pelo padre José de Anchieta (1534-1597), que identificavam espécies de pássaros inexistentes, cuja preciosa descrição refletia o pioneirismo da observação de Anchieta, que era um exímio pesquisador. Ao invés de censurar os equívocos, Walmor Corrêa propõe um desdobramento imersivo, dando a eles sustentação. “Desta forma, crio seres empalhados e dioramas que atestam as descrições do século XVI, com pássaros que se alimentam de orvalho e outros que são ratos com asas”, descreve o artista. A obra constitui um recorte fictício de um museu de história natural e, ao mesmo tempo, dá embasamento sobre a história real dos jesuítas no Brasil ao reproduzir o caminho percorrido por Anchieta no estado de São Paulo. Para o MAM, o projeto consiste numa interferência arquitetônica que dá acesso a um novo setor fictício dentro do museu sob o termo Setor de Taxidermia. Na sequência, é encontrado um grande diorama que representa o mapa do estado de São Paulo, com destaque para o planalto, a serra e o litoral sul – locais por onde os jesuítas passaram, e que registra, sobretudo, o caminho por onde o Padre José de Anchieta passou e, possivelmente, encontrou os animais descritos e resignificados pelo artista. O mapa conta com cerca de 15 animais empalhados dispostos sobre as possíveis áreas de localização, confeccionados pelo artista por processo de metamorfose, unindo cabeças de roedores a corpos de aves. É importante frisar que nenhum animal foi sacrificado para a obra. Os corpos dos bichos estrangeiros foram comprados em lojas autorizadas para este fim.




Corredor de acesso entre o saguão de entrada e a Grande Sala.


Pássaros inexistentes de José de Anchieta e Walmor Corrêa.

Seção, fictícia , de Taxidermia.



"Pássaro que se alimenta de orvalho".
"Rato com asas".








Fotos: Walmor Corrêa, MAM.

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